terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Nobel da Paz de Zilda Arns foi dado a Barack Obama. E quem disse que esse mundo é justo?


Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, que já atendeu mais de 1,5 milhão de famílias pobres em quase todos os municípios do Brasil com a ajuda de uma rede de voluntários, morreu no Haiti país onde a miséria revela sua face mais cruel.

A Pastoral da Criança cruzou fronteiras para outros 27 países latinos e africanos. Com medidas simples e baratas, como ferver a água a ser dada para as crianças, lavar as mãos, usar soro doméstico, alfabetizar as mães e ensinar-lhes um ofício, transformou os números da mortalidade infantil.

Apesar de ter sido indicada em 2001, 2002 e 2003 ao prêmio Nobel da Paz, a médica sanitarista jamais ganhou. Triste ironia é saber que o ganhador desse prêmio em 2009 foi Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.

É uma vergonha conceder tal prêmio a um indivíduo que há um ano e meio ninguém conhecia, deixando claro o carácter político de um prêmio que deveria ter um componente humanitário e premiar ações concretas e não puras intenções.

Obama prometeu o fechamento da prisão de Guantánamo, propôs um mundo sem armas nucleares, ofereceu diálogo ao mundo muçulmano e se comprometeu conquistar a paz no Oriente Médio, mas até o momento, não conseguiu realizar nenhum desses objetivos.

O Nobel da Paz de Zilda Arns foi dado a Barack Obama. E quem disse que esse mundo é justo?

Aliny Ferreira

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Uma Sonora busca pela verdade.


O que me envergonha nos dias atuais, é de como a ética está jogada por água abaixo nos esgotos mais profundos. Acordar todo dia, notar que a busca pela coisificação do ser é singular e disforme.
Nesse corrente momento nas Tvs está tendo a discussão da criação de várias leis para a Comissão dos Direitos Humanos, e se percebe de como a Globo, Bandeirantes, Agronegócio se dizem estar perpetrada pela mais alta perfídia em que as leis são contra o direito de liberdade; mas o que fica tangível nas declarações de pessoas como Boris Casoy, Willian Bonner, é a defesa de seus direitos de terem uma grade em que sua programação possa passar de tudo não respeitando o direito das crianças, dos excluídos, dos afro-brasileiros, e que vale tudo para latifundiários, a imprensa, as grandes empresas.
Por que no meio de tudo está o LUCRO. E por isso se vende a alma ao diabo. Casos e mais casos transbordam, mortes terríveis, assaltos, negligência. e podemos perguntar, será que vamos e já estamos num estado de barbárie? Espero que pessoas se conscientizem para que esse quadro quase irreverssível tenha mais sentido no futuro muito próximo.

Emerson José Campos

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Para onde vão os objetos perdidos?



Domingo perdi as chaves de casa. Entrei em pânico só de pensar nos transtornos que isso me causaria, confesso que chorei não por apego material, mas de raiva mesmo! É claro que tentei procurar nos lugares por onde andei, mas infelizmente não tive sucesso e o jeito foi utilizar os serviços de um chaveiro. Muitos apelam pra São Longuinho especialista na tarefa de achar coisas perdidas, mas não me animei em ficar dano pulinhos pela rua.

Comecei a pensar nos milhares de objetos que as pessoas perdem a todo o momento. Pra onde vão todos os objetos perdidos? Será que existe uma outra dimensão, a dimensão dos objetos perdidos? Um grande buraco negro? Pense em todas as coisas que você perdeu durante sua vida: brincos, brinquedos, guarda-chuvas, óculos, canetas, cadernos, casacos, anéis... Para onde vão todas essas coisas? Isso é realmente um mistério!

Pesquisando sobre o assunto descobri que o Metrô de São Paulo possui um sistema de procura de objetos e documentos perdidos. Os funcionários do Metrô podem cadastrar os objetos e documentos em um sistema interno, que pode ser consultado em qualquer estação. Com isso, o usuário pode evitar deslocamentos desnecessários. Os itens são guardados nas estações em que são localizados por um período de dois dias.

Existe também um livro chamado “Como Achar Objetos Perdidos” (Professor Solomon) suas maiores recomendações são:

Conforto - Comece achando um lugar confortável para relaxar.
Calma - Não se concentre nos pensamentos angustiantes ("perdi, e agora?" etc.).
Confiança - Mantenha-se confiante de que vai encontrar o objeto ou arranjar uma saída criativa. Parece coisa de auto-ajuda, mas não é. Evita ocupar a mente com negatividade e abre espaço para buscar saídas.

Aliny Ferreira

A CARNE É FRACA



Hora do almoço. Aquela carne suculenta e cheirosa surge em sua frente e você a degusta prazerosamente. Um hábito normal, algo natural que você aprendeu desde pequeno. Afinal de contas, é como se aquele pedaço de picanha ou aquela coxinha de frango nunca tivesse sido um animal vivo. Porém, antes de estar na sua mesa, ele teve que passar por um intenso processo de dor e sofrimento, desde que nasceu até o momento em que foi abatido.

Hoje mais do que nunca o animal se tornou um mero produto, uma máquina de fazer dinheiro. Alguns abatedouros arrancam a pele dos bois ainda vivos, mergulham porcos em tanques de água fervente e maltratam animais vivos para manter as linhas de produção em velocidade constante. O ser humano esqueceu que esses animais também são seres vivos, que também sofrem como nós e merecem respeito.

Segundo o açougueiro Rudinei Navarezi, que trabalhou vários anos em abatedouros, há várias técnicas para matar os animais. O gado bovino, por exemplo, passa por vários estágios, desde o corte dos chifres com um alicate – sem anestesia - até o desnucamento, corte profundo no pescoço para que o animal sangre até morrer.

No local em que Navarezi trabalhava, havia também porcos, que na opinião dele, tem uma morte mais cruel que a dos bois. "Acho que por termos essa visão de que porcos são sujos, as pessoas não tem tanta pena, mas eles são mortos de um jeito horrível. E reagem bem mais que os bois", comenta o açougueiro. Ainda filhotes, são cortados os rabos dos porquinhos, as orelhas e os dentes - a sangue frio- além de serem castrados para que engordem rapidamente. O modo de abate é basicamente o mesmo dos bovinos, porém, após o sangramento, os suínos são imersos – ainda vivos - em tanques de água fervente para retirada dos pêlos. Muitos ainda piscam quando chegam à mesa de corte.

Além dos bois e porcos, os frangos também sofrem muito. Desde pequenos, são submetidos a processos cruéis de escolha. Os pintinhos que não se enquadram no padrão exigido pelas granjas são, simplesmente, triturados todos os dias. As granjas de ovos não fazem uso dos pintos machos, que são mortos em câmaras de gás, sufocados em sacos plásticos ou esmagados. Os que passam por essa seleção têm dois terços de seus bicos cortados com uma lâmina quente, causando dor durante semanas, para não bicarem os outros frangos.

As granjas industriais são adaptadas com gaiolas minúsculas e com luz constante para que as aves pensem que é dia e não parem de comer. Muitas delas ficam tão pesadas que não agüentam seu próprio peso e quebram as pernas, tudo isso para que, em apenas sete semanas, estejam prontas para o abate, sendo que normalmente viveriam sete anos.

O mais impressionante de tudo isso é que continuamos com os mesmos hábitos de sempre, pois não há divulgação suficiente desses maus tratos. Foi pensando nisso que a ambientalista Nina Rosa Jacob criou, em 2000, o Instituto Nina Rosa – Projetos de amor à vida.

A ONG divulga o sofrimento imposto a bois, frangos e porcos, tentando mudar o conceito já enraizado em nossa sociedade de que os animais foram feitos para comer. A intenção é valorizar esses animais e melhorar a vida deles, por meio de pesquisas e projetos educacionais. A maior contribuição do instituto foi a elaboração do documentário "A carne é fraca", que mostra detalhes desconhecidos pela maioria das pessoas sobre os matadouros e os males causados pela criação de gado à natureza e apresenta dicas sobre como cada pessoa pode fazer a sua parte.

http://www.institutoninarosa.org.br

http://www.youtube.com/watch?v=EghRqeZA-TU

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Agenda

SESSÃO DE FILMES PREMIADOS GOIÂNIA OURO



dias 04 e 05 - OLHAR ESTRANGEIRO de Lúcia Murat-doc, dig,70`
dias 06 e 07 - ATOS DOS HOMENS- de Kiko Goifman-doc, dig,76`
dias 08 e 09 - ILUMINADOS de Cristina Leal-doc, dig 100`
dias 10 e 11 - DOM HELDER CÂMARA- "O santo rebelde" de Érica Bauer-doc,dig, 74`
dias 12 e 13 - A PALAVRA ENCANTADA-de Helena Souberg-doc, dig, 86
dias 14 e 15 - O ENGENHO DE ZÉ LINS de Vladimir Carvalho, doc dig,90`
dias 16 e 17 - OS DOUTORES DA ALEGRIA-de Mara Mourão,doc,dig, 96`

Centro Cultural Goiânia Ouro
Rua 03 esquina com Rua 9 Centro
Sessões sempre às 12:30, 15:00 e 20h
Ingressos 1 real.